Dicas de Cultura Inútil

Se você tenta ler Nietzsche ou Joyce e não consegue, tenta assistir Godard ou Bergman e dorme no meio, não diferencia Monet de Manet e nem sabe quem foi Emmanuel Kant, PARABÉNS! Você está no blog certo!

27 janeiro, 2008

Cinema, again!

Aproveitei o aniversário da cidade para assistir a 2 filmes: Intriga Internacional (North by Northwest, 1959) e O Vampiro da Noite (Horror of Dracula, 1958). O primeiro é uma obra de Alfred Hitchcock estrelada por Cary Grant. O segundo é um clássico britânico de terror, com Christopher Lee no papel do vampiro mais famoso do cinema.

Acho que Hitchcock dispensa apresentações, Cary Grant idem. Apesar disso, não posso dizer que amei o filme. Talvez eu esteja com o pé muito fincado em 2008 para engolir com naturalidade essa visão ingênua do mundo da espionagem. Eu sei que Intriga Internacional foi feito antes de James Bond e Jason Bourne (notaram a sonoridade?), mas não consigo mais acreditar num vilão que prefere conversar a atirar de uma vez no suposto herói.

Lógico, o filme tem cenas maravilhosas, com destaque para o assassinato dentro do prédio da ONU, a perseguição do aeroplano no milharal e a recriação, em estúdio, do Monte Rushmore na sequência final. Como sempre, o senso de humor do diretor se faz presente em momentos de tensão, seja num elevador ou num leilão, a personagem de Cary Grant encara o ridículo de peito aberto para fugir dos bandidos.

Mas o ponto fraco realmente é o envolvimento de Roger Thornhill (Cary Grant) com Eve Kendall (Eva Marie Saint). Ele soa um tanto forçado, apesar de tudo. Uma espiã como ela jamais teria se apaixonado tão rápido, e um executivo bem-sucedido como ele nunca arriscaria a vida voluntariamente para salvá-la, ainda mais depois de ter a chance de sair daquele mal-entendido. Mesmo assim, deve ter muita gente que adora o filme justamente por causa desse romance impossível.

Fiquem com o trailer, apresentado pelo mestre:

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1 Comments:

  • At terça-feira, 29 janeiro, 2008, Blogger Fabio said…

    Para Hitchock, o mais importante no filme é a emoção que ele provoca no espectador. Para isso ele trabalha o ritmo e o suspense de cada cena individualmente e de cada cena dentro do todo. Se, para atingir o resultado desejado, ele precisa sacrificar o realismo, tanto pior para o realismo. Se você faz mesmo essa questão toda do tal realismo, é melhor assistir apenas a documentários.

     

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