Dicas de Cultura Inútil

Se você tenta ler Nietzsche ou Joyce e não consegue, tenta assistir Godard ou Bergman e dorme no meio, não diferencia Monet de Manet e nem sabe quem foi Emmanuel Kant, PARABÉNS! Você está no blog certo!

27 janeiro, 2008

O Horror de Dracula

De acordo com vários críticos, O Vampiro da Noite (Horror of Dracula, 1958) é a melhor adaptação cinematográfica do romance de Bram Stoker. Não sei se realmente é tudo isso. Ainda considero Nosferatu (idem, 1922), de F.W.Murnau, como o filme mais assustador que eu já vi. A figura do Conde Orlok, levantando de sua tumba sem dobrar o corpo, resiste ao tempo e continua causando pesadelos em mim.

Mesmo assim, este filme da Hammer possui dois momentos antológicos. No primeiro, temos um close magnífico de Dracula (Christopher Lee), com os olhos injetados, caninos salientes e a boca manchada de sangue. Um primor de maquiagem que marcou a transição do terror sugerido (vide o Dracula de Bela Lugosi), para o explícito.



O outro é o duelo final entre o Dr. Van Helsing (Peter Cushing) e o príncipe das trevas. Muito bem coreografado, carregado de ação e emoção, Cushing faz por merecer o título de destemido matador de vampiros. Sua personagem está à vontade para se pendurar em cortinas ou improvisar crucifixos, não devendo nada para Indiana Jones. Pena que os (de)efeitos especiais da época comprometeram um pouco o desfecho, mas nada que desabone o resto do filme.

Não podemos esquecer, é claro, das vampiras com decotes generosos. O mundo não seria nada sem elas. Vem chupar meu sangue, vem!

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