Dicas de Cultura Inútil

Se você tenta ler Nietzsche ou Joyce e não consegue, tenta assistir Godard ou Bergman e dorme no meio, não diferencia Monet de Manet e nem sabe quem foi Emmanuel Kant, PARABÉNS! Você está no blog certo!

14 julho, 2006

Ontem foi dia de One Piece Nº52. Vocês por acaso sabem o que é esperar um mês para ler um gibi? E depois, lê-lo em menos de 5 minutos? Então ter que esperar mais 30 dias para o próximo?

Seria um suplício se o mangá não valesse tanto a pena. A história é super-divertida, os personagens são cativantes e o autor brinca constantemente com as nossas expectativas. Aliás, o domínio que Eiichiro Oda tem da trama é invejável. Ele lança uma passagem bizarra na aventura, aparentemente sem sentido (como os supergigantes que aparecem do nada no nº 47), mas que depois começa a parecer plausível quando o Going Merry chega no Mar do Céu (hein? Sim, o céu tem mar em One Piece...).

E assim vai, de aventura em aventura, de luta em luta, vai-se construindo o mangá mais divertido que eu já li. Como eu sempre digo, o Oda é PHODA!!!

Yo-ho-ho, e um barril de rum!

13 julho, 2006

Na terça-feira eu assisti um DVD que um amigo me emprestou: Shinobi, um filme japonês que se passa na Era Tokugawa (mil, seiscentos e pouco).

Apesar do background de época, a história é bem fantasiosa, com direitos à muitos efeitos especiais e guerreiros com superpoderes. Na verdade, ela lembra muito as aventuras do mangá Blade - Lámina do Imortal (inclusive um dos personagens tem a mesma "imortalidade" do Manji).

Mas é estranho ver esse tipo de coisa em live action, porque o cinema japonês nunca foi muito de ação e fantasia. Mesmo assim, acho que vale uma conferida.

11 julho, 2006

Terminamos de assistir a 1ª temporada de Lost, graças a Deus. O seriado é até interessante, mas eu tenho coisa melhor para ver ainda. Friends, por exemplo. As 6ª e 7ª temporadas estão aqui embolorando e nada. Sem contar os filmes que eu comentei em 11/06/06... : C

Muita gente pode estranhar porque eu não virei lostmaníaco, mas é fácil de explicar. A série promete uma história de ficção científica, mas até agora nenhum clichê típico apareceu. Não teve ETs, não teve dinossauros, não teve monstros e não teve viagem no tempo.

Existe uma sugestão de que um dos personagens pode ter poderes paranormais, mas nada de concreto é mostrado. Aliás, agora eu percebi o quanto Lost é parecido com Corpo Fechado (filme do Shayamalan, com Bruce Willis e Samuel L. Jackson). A história é muito realista e cheia de anti-climaxes, agrada mais o telespectador normal do que o fã do gênero. Este, sedento de efeitos especiais e inverossemelhança, se decepciona com a "caretice" do background.

Mas, a julgar pelo sucesso do programa, eu duvido muito que J.J. Abrams vai explicar alguma coisa tão cedo. Terei que aguentar quilos e quilos de flashbacks (leia-se encheção de linguiça) até ver um monstrinho que preste.

Ainda bem que Piratas do Caribe 2 está chegando... (KRAKEN!! KRAKEN!!) : D~~~~

10 julho, 2006

Em algum dia obscuro da semana passada, eu assisti ao anime Porco Rosso. Era o único longa-metragem de Hayao Miyazaki que eu não tinha visto, descontando os do início da carreira dele.

Desnecessário dizer que sou fã do cara, apesar de apostar que ele não consegue fazer um desenho sem ecologia e sem cenas de vôo. Impressionante como o japonês é tarado por árvores e aviões, chega a irritar às vezes.

Na verdade, Porco Rosso não tem uma grande história e se apoia muito nos clichês de Miyazaki (aeroplanos esquisitos, meninas extrovertidas e bandidos caricatos numa realidade paralela que lembra os anos 40) para prender a atenção do espectador.

Quem não conhece pode se apaixonar pelo filme, mas se compararmos com Mononoke Hime, por exemplo, o porco voador perde feio. Mesmo assim vale uma conferida, o pior Miyazaki ainda é melhor do que muita coisa.

09 julho, 2006

Ontem a noite, depois de muitos e muitos anos de calma e tranquilidade, eu e minha esposa resolvemos pegar uma sessão corujão no Shopping Anália Franco. O filme? Carros, a nova animação da Disney/Pixar.

E eu, que normalmente sou renheta e me recuso a assistir a desenhos dublados, topei numa boa ouvir as vozes de Daniel Filho ("Doc" Hudson, Paul Newman no original) e Priscila Fantin (Sally, Bonnie Hunt na versão em inglês). Sei lá, tem momentos na vida em que não vale a pena ser purista, ainda mais porque as animações da Disney costumam ser bem adaptadas para o português.

A primeira coisa que chamou a minha atenção foram os trailers, TODOS de animações em 3-D. Realmente, Hollywood está planejando um massacre em larga escala. Uma vez que eles descobrem um filão, não param até exaurir toda a qualidade e inteligência de um gênero. Basta ver que, a cada novo desenho, as técnicas de animação melhoram, enquanto os roteiros pioram.

A única exceção por enquanto é a Pixar, apesar de Carros ser inferior aos demais desenhos do estúdio. Mesmo assim, o filme acaba agradando aos que procuram diversão sem compromisso. A história não ajuda muito, é o velho esquema do peixe (leia-se carro) fora d'água que acaba mudando a vida de uma pequena cidade, enquanto aprende valiosas lições sobre amizade e respeito aos mais velhos.

Para variar, os detalhes chamam a atenção. Em certos momentos, parece que você está assistindo Velozes e Furiosos, tamanho o cuidado com o visual dos possantes (aliás, aposto que os animadores viram esse filme várias vezes). Contudo, basta ver os olhos (para-brisas) e as bocas (para-choques) para os carros ganharem vida, de uma forma muito mais convincente do que em Carangos & Motocas ("eu te disse, eu te disse, eu te disse...").

Os clichês da Pixar também são um show à parte. O curta "A Banda de um Homem Só" é hilário e muito bem sacado, a participação do ator John Ratzenberger (a mascote da sorte deles) rende ótimas piadas, junto com citações à Toy Story, Vida de Inseto e Monstros S/A. Além disso, temos a clássica cena após os créditos, que tem graça apenas para as mulheres.

Resumindo, se você é fanático por animação e automobilismo, então Carros é o melhor desenho de todos os tempos. Senão, é "só" mais uma obra da Pixar.

04 julho, 2006

Como muita gente da minha idade (trinta e poucos), eu gostava muito de assistir ao seriado Anos Incríveis, que passava na TV Cultura. E sempre me perguntei o que aconteceu aos atores adolescentes depois que a série acabou.

Bem, Fred Savage (Kevin Arnold) ainda é ator e trabalha na televisão. Desnecessário dizer que nunca conseguiu repetir o sucesso que tinha quando era criança, apesar de aparecer num filme ou outro de vez em quando.

Já Josh Saviano (Paul Pfeiffer) se formou em ciências políticas e saiu da mídia. Mesmo assim, existe um boato louco na internet de que ele, na verdade, é o Marilyn Manson. Neste site existe um comentário do ator: "É mais legal acharem que eu sou um metaleiro satânico do que um garotinho tonto de Anos Incríveis".

Enquanto isso, Danica McKellar (Winnie Cooper)... UAU!!!