Dicas de Cultura Inútil

Se você tenta ler Nietzsche ou Joyce e não consegue, tenta assistir Godard ou Bergman e dorme no meio, não diferencia Monet de Manet e nem sabe quem foi Emmanuel Kant, PARABÉNS! Você está no blog certo!

30 janeiro, 2008

Curtas da Pixar 1: The Adventures of André & Wally B.

Voltando ao DVD da Pixar que ganhei, quero falar do curta The Adventures of André & Wally B. (1984). Nessa época, a computação gráfica não era comercialmente viável. Apesar de ter sido usada em alguns filmes, como Tron (1982) e O Último Guerreiro das Estrelas (The Last Starfighter, 1984), as imagens geradas por computador eram apenas uma curiosidade tecnológica, algo que as pessoas não levavam a sério.

John Lasseter não pensou assim. Ele foi um dos primeiros animadores da Disney a ver que essa ferramenta podia ser usada no seu trabalho. Depois de fazer alguns testes que não deram certo, Lasseter foi demitido do estúdio. Interessado em informática, o futuro chefão da Pixar conheceu numa convenção um cara chamado Ed Catmull, que trabalhava com computação gráfica na Lucasfilm.

Assim, Ed chamou John para ajudar num projeto que eles estavam desenvolvendo. O resultado foi essa animação de um minuto e meio, que os colocou no caminho do que hoje é a Pixar. Nada mal para um bando de nerds que deliravam na frente de uma tela CGA monocromática de fósforo verde.

Sem mais delongas, apreciem o vídeo que garimpei no Daily Motion:


les aventures d'andré et wally b
Colocado por mackoomba

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29 janeiro, 2008

A melhor piada interna de todos os tempos!!



Uma charge engraçadíssima do Marcio Baraldi que será entendida por poucos, mas se explicar perde a graça. É preciso conhecer os quadrinhos dos citados para apreciar essa fina ironia.

Chupinhado daqui: http://www.bigorna.net/index.php?secao=bigornadas&id=1168485127

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Presentes Certeiros!

O pessoal está aprendendo a dar presentes para mim, ainda bem. No meu aniversário ganhei 2 DVDs interessantes:

1- O primeiro é uma coletânea, ao vivo, do The Who, chamada Thirty Years of Maximum R&B Live. Apesar de ser uma banda que conheci já "velho", tornei-me fã dela rapidamente. Não costumo comprar DVDs de shows ou clipes, mas esse com certeza eu gostei. Eles colocaram cenas inclusive do show histórico em que Keith Moon desmaia, fazendo Pete Townshend chamar um baterista da platéia para substituí-lo. Impagável!

2- O outro é a coletânea de curtas-metragens da Pixar. Pixar Short Films Collection - volume 1 reune as primeiras animações do estúdio feitas em computação gráfica, além dos recentes que a Pixar exibe antes do longa-metragem ou coloca como bônus no DVD. Mais do que diversão (que é garantida), esta coleção oferece um registro histórico de como a tecnologia evoluiu nessa área. O disco, para variar, é um show de extras. Maravilhoso.

Depois eu procuro os vídeos no Youtube.

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27 janeiro, 2008

Equilíbrio (Balance, 1989)

Esta animação germânica, feita em stop motion, ganhou o Oscar de melhor curta animado, em 1990. Ela tem um roteiro muito divertido e inteligente, que explica de maneira bem didática porque a cooperação é tão importante na vida em sociedade. Divirtam-se.

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Minha Fila de Livros

Eis alguns títulos que me esperam. Acho que no carnaval vou pegar um ou outro para ler, senão minhas aulas voltam e era uma vez o tempo livre:

FICÇÃO
1) O Único e Eterno Rei Vol.5 - O Livro de Merlin (White, T.H.)
2) As Aventuras de Prydain Vol.4 - Taran, o Errante (Alexander, Lloyd)
3) As Aventuras de Prydain Vol.5 - O Rei Supremo (Alexander, Lloyd)
4) Harry Potter e as Relíquias da Morte (Rowling, J.K.)
5) A Torre Negra Vol.1 - O Pistoleiro (King, Stephen)
6) Mochileiro das Galáxias Vol.3 - A Vida, o Universo e Tudo mais (Adams, Douglas)
7) Mochileiro das Galáxias Vol.4 - Até mais, e Obrigado pelos Peixes! (Adams, Douglas)
8) Mochileiro das Galáxias Vol.5 - Praticamente Inofensiva (Adams, Douglas)
9) Discworld "8" - Guardas! Guardas! (Pratchett, Terry)
10) Discworld "9" - Eric (Pratchett, Terry)
11) Discworld "10" - A Magia de Holy Wood (Pratchett, Terry)
12) Discworld "11" - O Senhor da Foice (Pratchett, Terry)

NÃO-FICÇÃO
1) Trabalho em Equipe (Hardingham, Alison)
2) Mar Sem Fim (Klink, Amyr)
3) Desvendando os Segredos da Linguagem Corporal (Pease, Allan & Barbara)

Não é uma lista eclética, a bem da verdade. Nem posso me orgulhar muito dela, mas ultimamente é só o que tenho vontade de ler. Tenho coisas mais legais no computador, mas meu inglês é chinfrim, não tenho saco para ler no micro e imprimir nem pensar. FÉRIAS, cheguem logo!!!
Nosferatu

Aqui está a cena que mencionei no post anterior. Não me culpe se você perder o sono.

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O Horror de Dracula

De acordo com vários críticos, O Vampiro da Noite (Horror of Dracula, 1958) é a melhor adaptação cinematográfica do romance de Bram Stoker. Não sei se realmente é tudo isso. Ainda considero Nosferatu (idem, 1922), de F.W.Murnau, como o filme mais assustador que eu já vi. A figura do Conde Orlok, levantando de sua tumba sem dobrar o corpo, resiste ao tempo e continua causando pesadelos em mim.

Mesmo assim, este filme da Hammer possui dois momentos antológicos. No primeiro, temos um close magnífico de Dracula (Christopher Lee), com os olhos injetados, caninos salientes e a boca manchada de sangue. Um primor de maquiagem que marcou a transição do terror sugerido (vide o Dracula de Bela Lugosi), para o explícito.



O outro é o duelo final entre o Dr. Van Helsing (Peter Cushing) e o príncipe das trevas. Muito bem coreografado, carregado de ação e emoção, Cushing faz por merecer o título de destemido matador de vampiros. Sua personagem está à vontade para se pendurar em cortinas ou improvisar crucifixos, não devendo nada para Indiana Jones. Pena que os (de)efeitos especiais da época comprometeram um pouco o desfecho, mas nada que desabone o resto do filme.

Não podemos esquecer, é claro, das vampiras com decotes generosos. O mundo não seria nada sem elas. Vem chupar meu sangue, vem!

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Cinema, again!

Aproveitei o aniversário da cidade para assistir a 2 filmes: Intriga Internacional (North by Northwest, 1959) e O Vampiro da Noite (Horror of Dracula, 1958). O primeiro é uma obra de Alfred Hitchcock estrelada por Cary Grant. O segundo é um clássico britânico de terror, com Christopher Lee no papel do vampiro mais famoso do cinema.

Acho que Hitchcock dispensa apresentações, Cary Grant idem. Apesar disso, não posso dizer que amei o filme. Talvez eu esteja com o pé muito fincado em 2008 para engolir com naturalidade essa visão ingênua do mundo da espionagem. Eu sei que Intriga Internacional foi feito antes de James Bond e Jason Bourne (notaram a sonoridade?), mas não consigo mais acreditar num vilão que prefere conversar a atirar de uma vez no suposto herói.

Lógico, o filme tem cenas maravilhosas, com destaque para o assassinato dentro do prédio da ONU, a perseguição do aeroplano no milharal e a recriação, em estúdio, do Monte Rushmore na sequência final. Como sempre, o senso de humor do diretor se faz presente em momentos de tensão, seja num elevador ou num leilão, a personagem de Cary Grant encara o ridículo de peito aberto para fugir dos bandidos.

Mas o ponto fraco realmente é o envolvimento de Roger Thornhill (Cary Grant) com Eve Kendall (Eva Marie Saint). Ele soa um tanto forçado, apesar de tudo. Uma espiã como ela jamais teria se apaixonado tão rápido, e um executivo bem-sucedido como ele nunca arriscaria a vida voluntariamente para salvá-la, ainda mais depois de ter a chance de sair daquele mal-entendido. Mesmo assim, deve ter muita gente que adora o filme justamente por causa desse romance impossível.

Fiquem com o trailer, apresentado pelo mestre:

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25 janeiro, 2008

O Post mais chato que já escrevi...

Uma vez eu achei que podia ser escritor. Isso foi há uns 10 anos atrás, antes de trabalhar e casar. Hoje vejo como eu era ingênuo. Escrever é uma das atividades mais cansativas e ingratas que existem.

Você leva um tempo enorme para organizar as idéias e, frequentemente, precisa refazer parágrafos inteiros porque alguma coisa ficou sem sentido, ou está gramaticamente pobre. Pior ainda quando surge outra idéia durante o processo, e você tem que fazer malabarismos para encaixá-la no texto.

Então chega a hora da revisão. Perdemos mais um bom tempo lendo e relendo, para acertar detalhes. Aí você publica, Ó Glória!, para o deleite das multidões. E o que nos resta? Esperar os aplausos? Que fazer enquanto eles não chegam?

Vamos caminhando contra o vento, sem lenço nem documento. Lendo um livro aqui, assistindo a um filme ali. Buscamos nosso rumo num mundo que nos emburrece, a cada dia, a cada hora, a cada aniversário.

Cadê o meu Harry Potter? A minha megasena?

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EMERGÊNCIA +4!!!

O Santo Youtube ataca novamente. Só assim para eu conseguir provar que esse desenho existiu. Gozado, parece que só eu lembro dele na finada Manchete, em 83/84. Bom, mais uma "pérola" televisiva trazida até vocês pela minha mente carcomida:

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MISSÃO: MÁGICA!!

Este é um desenho animado do qual pouca gente se lembra, mas não sei porque ficou grudado na minha memória. Eu era pequeno quando ele passava na Record e nem lembro direito das histórias. Sei que envolviam viagens no tempo, porém de uma forma bem psicodélica (a professora era uma feiticeira). Hoje, graças a Internet, eu descobri várias coisas sobre o desenho, inclusive a abertura no Youtube:

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20 janeiro, 2008

DVD, DVD!!!

Sem ter muito o que fazer no sábado à noite, minha esposa e eu acabamos assistindo ao filme O Grande Truque, que mencionei no post passado. Talvez, no início, a ciranda narrativa entre passado, presente e futuro possa confundir o espectador mais desatento, mas, depois de se acostumar com o ritmo, percebemos que a estrutura não-linear favorece o clima de suspense, que só vai aumentando até o fim, quando os mistérios são finalmente explicados.

Basicamente, o filme mostra a história de Robert Angier (Hugh Jackman) e Alfred Borden (Christian Bale), dois mágicos da era vitoriana, que começam trabalhando juntos e terminam como inimigos mortais, determinados a derrotar um ao outro. Nessa trajetória, acabam destruindo a vida de todos ao redor deles. Ótimo para os atores, especialistas em personagens obcecadas e psicóticas (alguém falou em Wolverine ou Batman?).

De maneira inteligente, o roteiro estabelece uma série de conflitos, não apenas entre Angier e Borden, mas entre ciência e mágica, realidade e ilusão, verdades e mentiras. A ciência aqui é personificada na figura de Nikola Tesla (David Bowie, quase irreconhecível), o famoso inventor da corrente alternada. Curiosamente, ele aparece na trama como um feiticeiro do mundo moderno, realizando milagres com eletricidade. O filme encontra espaço ainda para citar Thomas Edison, rival e desafeto de Tesla, num paralelo oportuno com as personagens principais.

Entretanto, toda boa mágica perde seu encanto assim que o segredo é descoberto. O mesmo acontece com a história, quando tudo é esclarecido. Na última cena, a revelação do mistério de Borden não surpreende muito, porque havia pistas espalhadas durante toda a projeção. Já o de Angier é verdadeiramente impactante, mesmo com algumas dicas aqui e ali, porque desafia nossa imaginação a acreditar no impossível.

Quando o filme termina, fica uma vontade louca de assistí-lo novamente, para prestar atenção nos detalhes. Sim, O Grande Truque (The Prestige, 2006) é bom a esse ponto, mas talvez não mereça a nota altíssima que tem no IMDB. Dificilmente se tornará um clássico, apesar de estar um pouco acima da mediocridade reinante.

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Parabéns para mim!!

Bom, aniversário chegando, decidir me dar de presente uma porção de DVDs que estavam em promoção no site da Loja Americanas. Cada um ficou baratinho (R$ 13,00), então achei ótimo. Vamos aos fimes:

1- Golpe de Mestre (The Sting, 1973): Nunca vi, mas já ouvi falar. Neste filme, Paul Newman e Robert Redford refazem a dobradinha de sucesso feita em Butch Cassidy and the Sundance Kid, inclusive sobre a batuta do mesmo diretor: George Roy Hill. Não estou esperando um filme típico de gângster dos anos 30, já que Butch Cassidy é uma história de amizade vestida de western. Um destaque interessante aqui é a trilha sonora, composta de rags antigos de Scott Joplin. Para quem não conhece, eram músicas instrumentais tocadas em pianolas. Na época do ragtime, obviamente;

2- Carrie, A Estranha (Carrie, 1976): Outro filme que também nunca vi, mas sempre tive vontade de ver. Não sou um grande fã de Stephen King, nem de Brian DePalma, apesar de gostar muito de Os Intocáveis (The Untouchables, 1987). O filme é bem cotado, mas não acho que seja um clássico indispensável. Em todo caso, como eu adoro histórias sobrenaturais, acredito que não vou me arrepender;

3- Máquina Mortífera (Lethal Weapon, 1987): Aqui temos um filme que eu já vi várias vezes, sendo que a primeira foi num VHS alugado no final dos anos 80. Como eu tinha 13 ou 14 anos na época, fiquei louco pela história. O humor pelo qual a série ficou conhecida depois, nesse primeiro capítulo é mais involuntário, surgindo da simples dinâmica entre os personagens. O Detetive Riggs (Mel Gibson) está bem mais trágico, depressivo e auto-destrutivo do que nas sequências, o que torna o filme bem mais dramático do que parece. Saudade da época em que filmes de ação tinham mais do que perseguições e explosões...

4- O Predador (Predator, 1987): Mais uma pérola do saudosismo oitentista, este filme marca a estréia de um dos alienígenas mais famosos do cinema. O bicho feio, dentuço e rastafari é a grande estrela da fita, sem dúvida nenhuma. Nosso amigo Governator, sinônimo de músculos e pouco cérebro, pode até sobreviver no final, mas porque arregou, e arregou bonito. Adrenalina e testosterona garantidas para o público masculino adolescente;

5- O Grande Truque (The Prestige, 2006): Francamente? Não sei o que esperar desse aqui. Foi aclamado nos cinemas, incensado na internet, tem diretor e elenco com certificado de qualidade, mas comprei um pouco por impulso. Às vezes dá certo, como aconteceu com Filhos da Esperança (que merece um post só dele), de Alfonso Cuarón, porém nunca se sabe. Não duvido que o filme seja bom, só não sei se merece ser comprado;

6- X-Men III (X-men: The Last Stand, 2006): Aqui sim eu posso ser xingado à vontade. Não é segredo que este filme é bem inferior aos dois primeiros, dirigidos por Brian Synger. Chamado para fazer o retorno do superman, o diretor deixou o megafone para Brett Ratner (Brett quem?). O resultado é fraco, a história tem diversos problemas, mas comprei mesmo assim. Pela Fênix, por Wolverine e porque estava barato. Quem nasce fanboy, morre fanboy.

MAS HOMEM-ARANHA 3 NÃO COMPRO NEM MORTO!!!

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19 janeiro, 2008

Hora da Faxina

Não sei porque cargas d'água resolvi aceitar o conselho de um amigo para continuar com este blog, mas vamos lá. Fiz uma limpeza nos posts antigos porque acho que eles não interessam mais para ninguém, principalmente para mim. Como sempre faço, pretendo retomar a minha linha de comentários sobre cultura pop e coisas afim, começando com cinema.

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